sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Violent Attack Of Hard Fuckin’ Core

A Cannibals Attack Records está lançando um 9 way split com bandas de Hardcore, Crustcore, D-Beat, Crossover, Grindcore, Goregrind, Power Violence, Fastcore, Noisecore, Thrashcore, Deathcore, Punk Rock e todas essas bagaçeras que estragam nosso cérebro. São 9 bandas, cada banda fica com 8min 60seg. Não aceitamos nenhuma banda ligada ao movimento Oi!, Nazista, Fascista, etc. Se tua banda tiver interessada por favor entra em contato comigo através do E-mail: cannibalsattackrec@hotmail.com ou pelo meu MSN: dark_baalberith_metal999_phantasm_@hotmail.com
Temos comunidade participem: http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=67720345

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Os Anarquistas e o Sentimento Moral

Um texto antigo,um texto atual.


"O número daqueles que se dizem anarquistas é tão grande, hoje, e sob o nome de anarquia expõem-se doutrinas tão divergentes e contraditórias que estaríamos errados em nos surpreendermos quando o público, de forma alguma familiarizado com nossas idéias, não podendo distinguir de imediato as grandes diferenças que se escondem sob a mesma palavra, permanece indiferente em relação à nossa propaganda e também ressente uma certa desconfiança em relação a nós.

Não podemos, é óbvio, impedir os outros de se atribuírem o nome que eles escolhem. Quanto a nós mesmos reiniciarmos à denominação de anarquistas, isto de nada serviria, pois o público simplesmente acreditaria que teríamos virado a casaca.

Tudo o que podemos e devemos fazer é distinguirmo-nos sem dubiedade daqueles que têm uma concepção da anarquia diferente da nossa, e extraem desta mesma concepção teórica conseqüências práticas absolutamente opostas àquelas que extraímos.

E a distinção deve resultar da exposição clara de nossas idéias, e da repetição franca e incessante de nossa opinião sobre todos os fatos que estão em contradição com nossas idéias e nossa moral, sem considerações por uma pessoa ou por um partido qualquer. Esta pretensa solidariedade de partido entre pessoas que não pertenciam ou não teriam podido pertencer ao mesmo partido, foi sem dúvida uma das causas principais da confusão.

Ora, chegamos a tal ponto que muitos exaltam nos camaradas as mesmas ações que censuram nos burgueses, e parece que seu único critério do bem ou do mal consiste em saber se o autor de tal ou qual ato se diz ou não anarquista.

Um grande número de erros conduziu alguns a se contradizerem abertamente, na prática, com os princípios que professam em teoria, e outros a suportar tais contradições; assim também, um grande número de causas conduziram ao nosso meio, pessoas que no fundo zombam do socialismo, da anarquia e de tudo o que ultrapassa os interesses de suas pessoas.

Não posso empreender aqui uma análise metódica e completa de todos estes erros, e também limitar-me-ei a tratar daqueles que mais me chocaram.

Falemos antes de mais nada da moral.

Não é raro encontrar anarquistas que negam a moral. Inicialmente é um simples modo de falar, para estabelecer que do ponto de vista teórico eles não admitem moral absoluta, eterna e imutável, e que, na prática, revoltam-se contra a moral burguesa, que sanciona a exploração das massas e golpeia todos os atos que lesam ou ameaçam os interesses dos privilegiados.

Em seguida, pouco a pouco, como acontece em muitos casos, tomam a figura retórica como expressão exata da verdade. Esquecem que, na moral habitual, ao lado das regras inculcadas pelos padres e pelos patrões para assegurar mais substancial parte, sem as quais toda a coexistência social seria impossível – eles esquecem que se revoltar contra toda regra imposta pela força não quer dizer em absoluto renunciar a toda reserva moral e a todo sentimento de obrigação para com os outros; – esquecem que para combater de modo racional certa moral, é preciso opor-lhe, em teoria e em prática, outra moral superior: e acabam algumas vezes, seu temperamento e as circunstâncias ajudando, por se tornarem imorais no sentido absoluto da palavra, isto é, homens sem regra de conduta, sem critério para guiar suas ações, que cedem passivamente ao impulso do momento. Hoje, privam-se de pão para socorrer um camarada; amanhã, matarão um homem para ir ao bordel!

A moral é a regra de conduta que cada homem considera como boa. Pode-se achar má a moral dominante de tal época, de tal país ou de tal sociedade, e achamos, com efeito, a moral burguesa mais do que má; mas não se poderia conceber uma sociedade sem qualquer moral, nem homem consciente que não tenha critério algum para julgar o que é bom e o que é mal, para si mesmo e para os outros.

Quando combatemos a sociedade atual, opomos a moral burguesa individualista, a moral da luta e da solidariedade, e procuramos estabelecer instituições que correspondam à nossa concepção das relações entre os homens. Se fosse de outra forma, por que não acharíamos correto que os burgueses explorem o povo?

Outra afirmação nociva, sincera em alguns, mas que, para outros, é apenas desculpa, é que o meio social atual não permite que se seja moral, e que, conseqüentemente, é inútil tentar esforços destinados a permanecerem sem sucesso; o melhor a fazer, é tirar das circunstâncias atuais o máximo possível para si mesmo sem se preocupar com o próximo, exceto a mudar de vida quando a organização social tiver também mudado.

Certamente, todo anarquista, todo socialista compreende as fatalidades econômicas que, hoje, obrigam o homem a lutar contra o homem; e ele vê, como bom observador, a impotência da revolta pessoal contra a força preponderante do meio social. Mas é igualmente verdade que, sem a revolta do indivíduo, associando-se a outros indivíduos revoltados para resistir ao meio e procurar transformá-lo, este meio nunca mudará.

Somos, todos sem exceção, obrigados a viver, mais ou menos, em contradição com nossas idéias; mas somos socialistas e anarquistas precisamente na medida em que sofremos esta contradição e que procuramos, tanto quanto possível, torná-la menor.

No dia em que nos adaptássemos ao meio, não mais teríamos, é óbvio, vontade de transformá-lo, e nos tornaríamos simples burgueses; burgueses sem dinheiro, talvez, mas não menos burgueses nos atos e nas intenções."

Errico Malatesta
05 de novembro de 1904,Le Réveil, Genebra

Sobre o autor do texto:

Nasceu em 14 de dezembro de 1853 na cidade de Santa Maria de Capua Vetere, província de Caserta, Itália e morreu em 22 de julho de 1932.

Iniciou sua atividade política aos 14 anos, escrevendo uma carta de protesto ao rei Vittorio Emmanuele II, tendo, por este motivo, sido preso em 25 de março de 1868. Em 1870, liderou uma manifestação, tendo sido novamente preso e suspenso por um ano do curso de medicina da Universidade de Nápoles.

Em 1871 filiou-se à Associação Internacional dos Trabalhadores, posteriormente abandonou o curso de medicina e passou a colaborar nas publicações L'Ordine e La Campana de Nápoles.

Em 1872 trava conhecimento com Bakunin, que vem a exercer grande influência sobre Malatesta, que considerava-o "O grande revolucionário, aquele a quem todos nós vemos como nosso pai espiritual".

Por causa de suas opiniões políticas esteve exilado por longos períodos em vários países da Europa, na Argentina e nos Estados Unidos. Ao todo, passou apenas metade de sua vida no seu país de origem. Durante a primeira guerra ele argumentou vigorosamente que os anarquistas não deveriam se alinhar às forças imperialistas. Em 1919 retornou à Itália, aonde fundou o primeiro jornal diário anarquista: "Umanità Nova". Após a chegada dos fascistas ao poder, Malatesta mesmo assim continuou, com dificuldades a editar o jornal "Pensiero e Volontà", até 1926, quando os jornais independentes foram fechados. Malatesta passou os últimos cinco anos de vida em prisão domiciliar.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Leituras libertárias

Este é um espaço para a divulgação de zines, livros ou textos on line, se vc produz algum e quer publica-lo entre em contato conosco, dependendo do carater nos o publicaremos, saúde e anarquia!!!


Zine de cunho anarcopunk, classista e combativo....

E se por um minuto fosse verdade...

E se por um minuto fosse verdade? Todas as pessoas pensando em melhoras para o próximo. E por incrível que pareça nada de uma minoria a governar a grande massa popular ...Será que estamos prontos? Ou já estamos predestinados a viver como seres dominados e sem ao menos saber o que é viver de verdade, pois sim temos vontade de uma revolução, porém essa pergunta sempre vem a minha cabeça, Estamos preparados?
Não é de hoje que percebo que talvez não seja difícil mudar, porém nos acostumamos ao que seria um mundo onde não temos ao menos a sorte de tentar nos explicar, a nossa origem não vem de um shopping ou de uma butique, mas estaríamos a fim de deixar certos prazeres para correr atrás de uma liberdade completa?
Acho que um mundo melhor não se cria através de leis que já foram feitas, e sim por um modo de vida feito através de quem quer mudanças, pois não se tem revolução com uma minoria ditando como deve ser. Acho que às vezes somos culpados pela maioria das coisas que ocorrem ao nosso redor, pois somos os primeiros a nos esconder quando somos expostos ao que tememos.
Vale a pergunta: ESTAMOS PREPARADOS a acabar com uma dominação que ocorre há 500 anos?
O que me fez escrever esse texto é o fato de saber o que eu quero, porém tenho duvidas do que você quer, são alguns anos envolvidos com anarquistas onde dez pensam uma coisa e outros dez pensam outra totalmente ao contrario, então fico meio perdido entre tantas idéias criada em prol da liberdade. Acho que já esta na hora de pararmos de pensar no futuro e começarmos a pensar no hoje, no que podemos mudar para melhor, começando até dentro de nossas próprias casas.
Temos que nos organizar mais, como anarquistas como libertários e até mesmo como cidadãos, rever nossas ideais de vida, e não deixar para sonhos de infância a vontade de mudar.
. Por: jhonyapunk